O jogo está presente na história da civilização. Conforme retratado pela Psicologia do Jogo de Elkonin, este é um recurso importante para o desenvolvimento intelecto-sócio-afetivo da criança.
Não se sabe ao certo quando os jogos surgiram, mas há evidências que desde as civilizações primitivas os jogos já se faziam presentes, sendo uma forma de ação lúdica de inserção da criança no mundo adulto. Entretanto, também é crescente o estudo dos jogos sendo inseridos na educação de adultos, a fim de potencializar a aprendizagem.
Na história moderna dos estudos sobre a aprendizagem de adultos, Malcom Knowles, desenvolveu em 1970 a teoria da Andragogia, que é a arte de ensinar adultos a aprender, composta basicamente por métodos ativos que estimulam a aprendizagem. Nesta teoria, as ferramentas lúdicas, torna possível ao adulto reproduzir seus contextos, interpretar seus papeis nas relações sociais e alcançar a resolução de problemas reais.
Assim, tanto para a Psicologia do Jogo como para a Andragogia, o conteúdo principal do jogo é o “ser humano”, sendo este o protagonista do mundo lúdico, aquele que acessa as soluções e os insights. O “jogar” é uma predisposição natural da mente humana, para isto não precisando, necessariamente, de recursos externos. Por isto, jogar é uma coisa séria para o ser humano e não está restrito a infância, está ligado ao contínuo desenvolvimento das pessoas.
A utilização de métodos ativos de aprendizagem, foi bastante influenciada pela pesquisa de Kelvin Miller, que apontou números alarmantes no modelo de educação tradicional e passivo, em que o adulto apenas recebe informações e não está em prontidão ou ação.
Veja:
Para melhorar estes números é importante conhecer as peculiaridades da aprendizagem de adultos, ofertando métodos mais didáticos e ativos. Os jogos de empresas, na área de treinamento, também conhecidos como recursos de dinâmica de grupo, representa uma das ferramentas que possibilitam a melhoria destes números na aplicação de treinamentos e de outros processos educativos.
Por isso, os facilitadores de treinamento e educadores em geral, devem lançar mão, cada dia mais, de recursos lúdicos, como os jogos, tornando os seus treinamentos mais atrativos e com resultados efetivos.
Bibliografia:
MARCOLINO, Suzana; BARROS, Flávia Cristina Oliveira Murbach de; MELLO, Suely Amaral. A teoria do jogo de Elkonin e a educação infantil. Psicol. Esc. Educ. Maringá, v. 18, n. 1, p. 97-104, jun. 2014.
PYLRO, Simone Chabudee; ROSSETTI, Claudia Broetto. Atividades lúdicas, gênero e vida adulta. PsicoUSF, Itatiba, v. 10, n. 1, p. 77-86, jun. 2005 .
KNOWLES, Malcolm. Holton, Elwood F. e Swanson, Richard A. Aprendizagem de Resultados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.